Voou, solta no vento uma folha
Alegre da bendita liberdade,
Pairando estava assim, pela cidade
Sem ter da direção qualquer escolha.
Vi-a descer do céu acelerada
Caiu-me aos pés, quieta e delicada
Como quem busca à beira da estrada
Repouso do cansaço da jornada.
Recolhi nas mãos o meu tesouro.
Que aquela folhinha inesperada
Valia muito mais que todo ouro.
Pois quem ma trouxe desde a ramada
Foi o mesmo velho vento mouro
Que soprou nas faces da minha amada.
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